Quem acompanha o Cinemidade sabe que não se vê por aqui
críticas de comédias, as razões são diversas. Primeiro, porque é um gênero
muito desfavorecido de originalidade, segundo, porque eu não aprecio o humor do
tipo pastelão, o que envolve a maioria das produções - odeio filmes de Adam Sandler e similares - e prefiro comédias que possuam um humor mais
irônico e inteligente, como os filmes do Paul Feig, diretor do ótimo Missão Madrinha de Casamento e do
divertidíssimo A Espiã Que Sabia De Menos (Spy, 2015).
Depois do impressionante Kingsman: Serviço Secreto, A Espiã Que Sabia De Menos é mais um bem
sucedido derivado do gênero de filmes de espionagem que estreou nos cinemas este
ano. Esqueça as comédias de espionagem protagonizadas pelo Mr. Bean, Paul Feig
eleva o nível e estabelece um humor que não subestima nossa inteligência, afiado e brinca com
estereótipos sem ofender ninguém.
Cooper em ação e disfarçada como uma boa agente
Melissa McCarthy – que faz a gente rir sem se esforçar muito
– é a estrela da comédia que ainda traz um Jason Statham desbocado e hilário -
acredite se quiser - um Jude Law
charmoso, como sempre, e Rose Byrne (Vizinhos, Sobrenatural) impagável na pele de uma bitch glamourosa e criminosa. E ainda tem a desconhecida Miranda Hart, roubando
a cena como Nancy, a agente destrambelhada e amiga de Susan Cooper (McCarthy).
Na trama, Cooper é uma agente da CIA que trabalha no porão da
agência auxiliando os agentes de campo nas missões ultra perigosas. Um dia,
Susan torna-se a única esperança da agência para impedir que um ataque
terrorista se concretize e então, ela recebe a missão e sai do porão para viver aventuras inimagináveis.
Uma dupla improvável e explosiva
A Espiã Que Sabia De
Menos traz cenas de
ação e de luta bem elaboradas e sem exageros, a história se desenvolve de forma
fluída, as reviravoltas da trama não são incoerentes, o enredo prende o
espectador até a improvável - mas aguardada, por mim ao menos - cena final e tem Melissa McCarthy
dando o seu melhor em cada cena, cada diálogo. Os momentos em que Susan xinga sem piedade a personagem
vilã de Rose Byrne para diminuir a sua moral, rendem boas gargalhadas. Já no aguardo da sequência. Confira AQUI o trailer.
NOTA: 8,0
A proposta de Paul Feig aqui foi de aproveitar uma historia de ação e mistério para transformar uma pessoa que sempre foi excluída em uma pessoa que tem voz e vez em um mundo predominantemente machista. Além claro de ter ótimas atuações de todos do elenco, principalmente Melissa McCarthy, que também participou em Ghostbustets. Qualquer uma pode ser uma action girl. É somente acreditar no seu potencial.
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