Os melhores filmes de 2016

A Chegada – O sci-fi mais surpreendente do ano. Dirigido por Denis Villeneuve (Os Suspeitos, Sicario), A Chegada tem “cara” de blockbuster, mas foge dos clichês dos “filmes de invasão alienígena” e transborda sensibilidade ao contar a história de humanos que tentam “dialogar” com os seres visitantes. Amy Adams está soberba, para variar.

Invocação do mal 2 –  Esse filme “minou” a máxima que diz que “continuações são sempre inferiores ao primeiro capítulo” e tornou uma exceção dentro de um gênero marcado pela falta de criatividade. Dirigido novamente pelo promissor James Wan, IM2 é muito melhor que o primeiro, e mostra mais uma vez a inventividade do diretor nas cenas de suspense e suas habilidades ao narrar uma história de terror com personagens cativantes e sem clichês.

A bruxa – O ano de 2016 foi muito bom para os filmes de suspense/terror. Filme-sensação em festivais no ano passado, A Bruxa impressiona pela sua atmosfera sombria e melancólica, não é um filme de sustos, mas perturba mesmo assim, chama a atenção pela forma como o sobrenatural é tratado, de forma plausível e assustadora.

Star Trek - Sem fronteiras – Este ano não foi bom (ou rentável) para os blockbusters. As sequências sofríveis de X-Men, Independence Day e Alice não empolgaram tanto assim, mas a terceira parte da franquia Star Trek compensou um ano repleto de “bombas”. Sem Fronteiras é frenético, ousado, dirigido com carinho e saudosismo por Justin Lin, diretor de alguns Velozes e Furiosos, de quem eu não esperava muito. Que bom eu me enganei.

O Regresso – Um visual arrebatador. Uma longa sequência de tirar o fôlego e um trabalho de direção primoroso de Alejandro González Iñárritu, laureado com um Oscar de Melhor Direção pelo segundo ano consecutivo. Nada disso será lembrado daqui a alguns anos, O Regresso será mesmo conhecido como o “filme que deu o tão aguardado Oscar ao Leonardo DiCaprio”.  Isso não é pouca coisa.

O Quarto de Jack – A emocionante história de um garotinho que literalmente descobre o mundo cativou o público e agradou a Academia, que deu o Oscar de Melhor Atriz para Brie Larson e nos mostrou um talento em miniatura, Jacob Tremblay, o garoto que conquistou os corações de todo mundo na tela e fora dela.

Deadpool – Atualmente o universo cinematográfico dos super-heróis está assim dividido: há os filmes da Marvel, que acharam a “fórmula perfeita” e a estão usando excessivamente, tornando seus filmes previsíveis; há os da DC, que ainda não “acertou a receita”, fez uma bomba, vulgo Esquadrão Suicida, mas foi muito bem nas bilheterias; e há Deadpool. Apesar de seguir a “fórmula Marvel”, se sobressai dentre as produções de super-heróis por sua subversão, humor rasgado e classificação 18 anos.

Rua Cloverfield, 10 – A grata surpresa do ano. Como uma espécie de história paralela no mesmo universo de Cloverfield (2008), este suspense psicológico enfatiza mais as relações humanas e menos o “monstro”. O elenco, que conta com John Goodman e Elizabeth Winstead, são um dos grandes trunfos desse sci-fi eficiente e imprevisível.

Batman Vs Superman: A origem da justiça – Um motivo justifica a presença desse BVS nessa lista: o encontro de dois ícones da cultura pop juntos em um só filme. E ponto. O longa de Zack Snyder tem muitas falhas, os cortes secos, o clímax desarmônico e um vilão caricato, mas ver Batman e Superman duelando, e a Mulher-Maravilha entrando na briga, compensa todos os deslizes. Felizmente, a versão estendida deixa a história bem mais coesa que a versão de cinema.

Outros bons filmes do ano: Dois caras legais; A grande aposta; Boa Noite, Mamãe; Capitão América: Guerra Civil; Águas rasas; Bruxa de Blair; O homem nas trevas; Animais fantásticos e onde habitam

MELHORES FILMES NÃO LANÇADOS NOS CINEMAS

The Guest – Antes de dirigir o ótimo Bruxa de Blair (o que estreou esse ano), Adam Wingard realizou uma quase obra-prima do gênero de ação e ainda homenageou os clássicos do suspense dos anos 80. Dan Stevens (do vindouro A Bela e a Fera) encanta e assusta como um “visitante” que chega à casa de uma família afirmando ser amigo de um filho que morreu em combate. Imperdível.

Hardcore: Missão Extrema – Uma das experiências mais vertiginosas do ano que o cinema proporcionou. Utilizando-se da perspectiva em primeira pessoa, o filme coloca o espectador em um jogo de vídeo game frenético e violento. Criativo e inovador, Hardcore alcança um novo nível dentre os filmes de ação, coloca você no “corpo” do protagonista e te faz viver momentos alucinantes.

Outros filmes imperdíveis: Destino Especial;  Hush - A morte ouve; The lobster, Looking - O filme, Caça-Fantasmas.