Onde você estava no ano de 1996?
Muitos de vocês, leitores, nem tinham nascido, né verdade? Neste ano estreava o
sangrento Um Drink no Inferno (From Dusk till Dawn), filme protagonizado por
Quentin Tarantino e George Clooney, mas que aqui no Brasil não fez muito
barulho, o que dificilmente não aconteceria se fosse hoje, mas era uma época
diferente e muita coisa mudou desde então, inclusive as carreiras do cineasta e
do ator.
Tarantino, em 1996, ainda era
considerado um cineasta “alternativo demais” para Hollywood, escreveu o roteiro
de Um Drink no Inferno numa época em que estava colhendo os frutos de um de
seus primeiros sucessos, Pulp Fiction. Já George Clooney era o galã da
série E.R. – Plantão Médico, estava longe ainda de se tornar um ator/diretor de
primeira linha do cinema. O mesmo digo de Tarantino, atualmente um dos caras
mais influentes e requisitados da indústria cinematográfica, e olha, quem
diria, seus filmes são sinônimos de boa bilheteria e indicações ao Oscar.
Tarantino e Clooney: dupla perigosa
Ao longo do tempo o filme foi
ganhando fãs e se tornou um cult, um clássico que será revisitado a partir
deste mês numa adaptação para a TV. Um
Drink no Inferno, a série, estreia no canal El Rey nos EUA no início do mês, no Netflix chega no dia 19 março. O “gancho” perfeito para eu falar um pouco sobre esta pérola
do cinema, que mesmo 18 anos após seu lançamento continua divertido e
surpreendente.
Robert Rodriguez, diretor de Sin City, Machete e Planeta Terror, comanda Um Drink no Inferno. Tarantino (se aventurando na frente das câmeras) e Clooney interpretam os irmãos Richie e Seth
Gecko, dois criminosos fugitivos que espalham sangue e violência por todos os
lugares que passam. No caminho, eles
sequestram uma família e partem para o México, onde os irmãos receberão uma
quantia alta de dinheiro de um mafioso chamado Carlos. Mal sabe eles que o
bar marcado para o encontro é um “inferno”, e a partir daqui, o filme toma uma
reviravolta inesperada e surpreendente. Bem, considerando que você não sabe
nada, nada mesmo, sobre a história do cult movie.
Salma Hayek sendo estonteante
É um filme atípico, com duas
partes distintas. O início soa mais como um road movie violento e “sério”, no estilo Tarantino, já a
segunda parte, é um trash nojento típico de Rodriguez e que convenhamos, ele sabe fazer muito bem.
As muitas qualidades do longa,
além do roteiro, é ver George Clooney interpretando um cara violento, sem sorrisos largos. Sua
relação com o irmão, os diálogos irônicos, dão o tom cômico na película. Importante
notar também a desconstrução do personagem de Clooney ao longo do filme, que
passa de vilão a mocinho no final, mas sem deixar em nenhum momento de ser um
tipo fácil de gostar.
A produção também foi um divisor
de águas para Salma Hayek, sua aparição breve mas muito sensual, lançou a atriz
latina aos holofotes de Hollywood. Para quem admira o trabalho de Tarantino
hoje e do astro de Onze Homens e um Segredo, Um Drink no Inferno continua sendo
uma obra imperdível, divertido, violento, despudorado, para curtir sem grandes
expectativas e não levar muito a sério.
NOTA: 8,5
CLÁSSICO!!! Deu vontade de rever!! Até porque, não me lembro de quase nada!!! rs
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